terça-feira, 28 de julho de 2020

Cientistas contemporâneos e a metafísica

Joathas Soares Bello, Doutor em Filosofia pela Universidad de Navarra.
Os cientistas contemporâneos, por mais geniais que sejam no seu âmbito (quântica, astrofísica, genética etc.), geralmente não têm qualquer acuidade metafísica ou teológica. 

E querem extrair visões metafísicas (entender a totalidade do mundo) a partir de um tipo de conhecimento que, no início (séc. XVII), fez deliberadamente um recorte na realidade, prescindindo intencionalmente das explicações metafísicas e teológicas. 

Aí, quando um físico quântico diz que "não existe realidade" após um século de exaustivo e minucioso conhecimento da estrutura material do cosmos, ele está simplesmente confirmando aquilo que qualquer aprendiz de Aristóteles sabe sem todo esse esforço: a matéria, deixada a si mesma, sem consideração das formas metafísicas "irreais" (sic) aparece ao cientista estudioso como aquilo que ela "é": um "nada" relativo, cuja inteligibilidade matemática é o reflexo da presença ignorada das formas metafísicas. 

Deixado a si mesmo, o reflexo se torna "sombra", e o cientista quântico não tem como não aderir, mais ou menos conscientemente, às metafísicas panenteístas orientais, que desembocam no nihilismo a respeito do cosmos sensível. Aí o filósofo ocidental besta, anticristão e subserviente a tudo que nega a Fé e o realismo metafisico, repete estupidamente que "a ciência prova a metafisica oriental, blablaba".

Entretanto, essas conclusões não são frutos de um "encontro" ou de um "achado", mas apenas um sintoma da desorientação intelectual da ciência contemporânea, que só pode impressionar a quem ignora ou esqueceu -movido pelas maravilhas da tecnologia- o básico do básico da filosofia e da teologia clássicas.

Prof. Joathas Bello

Fonte: Facebook


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Sabedoria do homem do campo





Caminhando na zona rural, sempre tive curiosidade sobre estas bolotas.

Certo dia, perguntei a um senhor que vinha pelejando na sua Barra Circular depois de mais um dia de labuta no campo, que fruta era aquela. 

No alto de sua sabedoria, e esse pessoal que vive na e da natureza, sem nunca ter frequentando escola (não duvido que sabem mais que nós e nossos livros), respondeu que não sabia. Mas que era venenosa. Como o senhor sabe, se não conhece a fruta? Respondeu: é comer e morrer...e deu uma gostosa risadinha, explicando que passa ali todo dia e nunca viu uma dessa fruta, bicada por passarinho. 

O homem do campo aprende, observando os pequenos detalhes da natureza.