
O Vasco tinha um medalhão chamado Romário e mais 10 jogadores medianos. Enquanto a estrela do time recebia uma fortuna e nem aparecia para treinar, seus colegas de clube recebiam salários bastante "minúsculos" (tipo 60 mil, 50 mil, 20 mil - para jogar bola, tá excelente. Comparado com o salário de um professor, que estuda a vida toda, é salário de milionário). Evidentemente os jogadores faziam corpo mole e não se preocupavam em suar a camisa, afinal no final do jogo as honrarias iriam todas para o maior salário do time.
Em analogia, podemos pensar: se um funcionário de uma empresa privada ou pública, substituirá outro que ganha o triplo do seu vencimento, irá este esforçar-se para dar o melhor de si, se no final não haverá acréscimo nenhum em sua conta corrente?
Suponhamos que o comunismo/socialismo venha a tomar o poder. Sem dúvida alguma o crescimento do país será prejudicado. A partir de então todos terão um salário padrão. Diga-se de passagem, nivelado por baixo. Será que aquele pesquisador, aquele executivo ou aquele médico de ponta, irão se esforçar em suas especialidades em troca de um salarinho meia-boca?
Tomemos também como exemplo nossos dirigentes: o partido do nosso prefeito é de esquerda. O PT é a favor da luta de classes, do igualitarismo. Mas será que na prática é assim? O PT deveria dar o exemplo, ensinando como deve ser feita a distribuição de renda justa, conforme sua concepção. Deveria ser feito uma soma dos salários pagos pela prefeitura, desde o varredor de rua até o Chefe do Executivo. Do resultado seria feita uma média e todos receberiam o mesmo salário (médicos, dentistas, contadores, prefeito, cargos de confiança, faxineiros, professores, diretores de escola, etc). Isso seria o começo de uma luta de classes exemplar. E não é desculpa que um Provedor da Saúde, por exemplo, tem muito mais responsabilidade que o catador de lixo. Não é desculpa porque quando pregam o igualitarismo, não pensam nisso. Um fazendeiro ou um empresário que lutou a vida toda para ter uma riqueza não é obrigado a distribuir seus bens, conforme vociferam os socialistas?
Ao contrário, o que ouvimos pelos ambientes políticos, é que os secretários do Executivo querem receber o prometido no início do mandato. E os funcionários efetivos é que se danem. Afinal são pobres mesmo. Pelo menos terão algo pelo que sonhar: um utópico igualitarismo proveniente da luta de classes.