segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Bernardo Saturnino da Veiga - generosidade

Parece que Bernardo Saturnino da Veiga era uma alma caridosa. Nota que encontrei na edição nº5 do jornal ouro-pretano A Actualidade de 27 de março de 1878:





 

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Fake News - Essa história é velha...

Papa Francisco alertou este ano sobre as notícias falsas, as famosas "fake news". Mas já antes dele, em 1972, o Papa Paulo VI também fez um apelo aos jornalistas italianos. 

Encontrei esta nota na edição 767 do jornal campanhense "Voz Diocesana", de 10 de janeiro de 1972:


terça-feira, 14 de agosto de 2018

Sul de Minas anexado ao Estado de São Paulo?

Li um artigo no jornal Correio Paulistano, edição 16 de 1854 em que o jornalista comenta sobre a divisão de Minas Gerais em dois ou três províncias. Artigo em resposta a outro que foi publicado em mais de uma edição, favorável a esta divisão.

Fiquei convencido que o melhor para nossa região, teria sido realmente, uma anexação ao próspero estado paulista. As vantagens seriam inúmeras, senão vejamos:

  1. Teríamos uma saída para o mar, tornando assim mais fácil e econômica a exportação da nossa produção agrícola, mineral e industrial; 
  2.  O progresso da região sul-mineira seria natural como é o de todo o interior paulista. Com isso não haveria necessidade de nossa juventude migrar de estado, como já ocorria naquela época. Franca e Guaratinguetá recebiam famílias inteiras de mineiros do sul por falta de oportunidades;
  3. Os políticos (ah, sempre eles...) se gabavam das riquezas e grande população, mas não era bem assim. Diz o autor que produzíamos apenas porcos e fumo. Assim mesmo em pequena quantidade. Que a mineração deixava nosso solo estéril. Evidente que a riqueza e aumento populacional do Sul de Minas acompanharia o progresso do restante do interior de SP;
  4. Segundo o autor, o povo sul-mineiro (aqui não são as vozes políticas e dos intelectuais bajuladores que falam, mas o cidadão), desejava pertencer ao promissor estado de SP. Afinal era com este estado que comercializavam sua produção.  A proximidade com o governo do estado vizinho também era um benefício tendo em vista a necessidades públicas. Podemos ver que não mudou muita coisa. Hoje ainda vivemos "isolados" da capital BH. As relações comerciais ainda continua mais fortes com SP ao invés de com o resto do estado de Minas;
  5. Pertencer a um estado rico, sem dúvida gera inúmeras vantagens. Bem diferente do que ainda sofremos: não nos é assegurada nenhuma posição o pertencermos a Minas Gerais.  
O sul de Minas mantem desde aqueles tempos uma forte relação com o estado de São Paulo: comércio (porto de Santos; "importação e exportação" dos mais diversos produtos); saúde (é onde mais buscamos hospitais e médicos especializados); lazer (praias paulistas são invadidas por sul-mineiros a cada período de férias); o sotaque do sul de Minas foi fortemente influenciado pelo do interior paulista; torcedores de clubes paulistas aqui é maior do que dos clubes mineiros; etc. 

Já não tenho dúvidas que os políticos sul-mineiros de outrora (nada de diferente dos atuais) cometeram grande baianada ao não lutar para uma anexação do sul de Minas ao estado de São Paulo.

Amo Minas Gerais. Amo as nossas tradições e peculiaridades. Porém, só isso é muito pouco. Não nos trouxe progresso algum. Nossos filhos continuam a deixar a região em busca de melhores condições de vida. Continuamos sendo uma região pobre economicamente, culturalmente, educacionalmente, cientificamente, politicamente.

Talvez se no passado tivéssemos nos integrado a SP, sendo o "nordeste" paulista, seriamos hoje uma região prospera e invejada. 



Ironia jornalistica hilária com um campanhense em 1858

Já existia safado naquela época, aqui na aldeia.





Fonte: Correio Paulistano, Edição 775, ano 1858

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Anuncio em Jornal - Escravo fugitivo 3

No Correio Paulistano, edição 492 de 1857, foi publicado anuncio de escravo fugitivo pertencente a Francisco Xavier Lopes de Araújo, o Barão de Parima.

Francisco Xavier Lopes de Araújo, primeiro e único Barão de Parima (Campanha, 10 de fevereiro de 1828 — Rio de Janeiro, 9 de março de 1886) foi um militar, engenheiro e professor brasileiro.

Filho de Francisco Xavier de Araújo e de Ana Luísa Xavier de Araújo, casou-se com Rita Emília Alcântara de Araújo.

Entrou para o exército, matriculando-se na Escola Militar do Rio de Janeiro, no curso de engenharia, concluído em 1855, obtendo o grau de bacharel em matemática.

Como tenente participou da comissão brasileira de demarcação de limites com o Uruguai, sob as ordens do barão de Caçapava. Em 1865 foi convocado para Guerra do Paraguai, onde participou com distinção da Batalha de Tuiuti, da vitória em Curuzu e da Batalha de Curupaiti.

Terminada a guerra, foi promovido a major do corpo de engenheiros. Foi sucessivamente nomeado chefe da comissão de demarcação de limites com o Paraguai, em 1872; com a Bolívia, em 1875; e com a Venezuela, em 1884.

Promovido a coronel de corpo de engenheiros em 1878. Mais tarde é nomeado diretor do Imperial Observatório do Rio de Janeiro e professor de Astronomia da Escola Central.

Era comendador da Imperial Ordem da Rosa, cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Avis.


Fonte:
1- Jornal Correio Paulistano, edição 492/1857


Anuncio em jornal - Escravo fugitivo 2


No Correio Paulistano, edição 209/1855, encontrei anuncio de escravo fugitivo pertencente ao estudante Ignacio Gomes Medões. Creio ser este estudante, o futuro Comendador Ignacio Gomes de Midões. 


Biografia levantada pelos Historiadores Antônio Casadei e Thalita de Oliveira Casadei:


"Inácio Gomes Midões foi físico-mor em Lisboa e aprovado em medicina, veio primeiramente, para São Paulo, a convite de José Bonifácio, onde clinicou por algum tempo, seguindo depois para a Vila da Campanha da Princesa, na primeira década do século XIX, onde se estabeleceu e passou a aguardar sua nomeação de Cirurgião da Câmara, em 1818. Como não saísse a confirmação dessa nomeação, teve Midões, enquanto isso, de aceitar a contratação para exercer o mesmo cargo na Vila de São João del-Rei, cargo que desempenhou de 1819 a 1822. A partir de 08 de novembro de 1822, como sempre foi o seu desejo, Dr. Inácio Gomes Midões fixou-se, definitivamente, até a morte, na Campanha, aqui vivendo com sua família, longos e proveitosos anos, como médico competente e político de grande prestígio."


Fonte: 1 - Jornal Correio Paulistano (SP), Edição 209/Ano 1855
          2 -  Biografia transcrita de originais datilografados, inéditos, pesquisados pelo historiador Antônio Casadei e cedidos ao Centro de Estudos Campanhense Monsenhor Lefort, após seu falecimento em Petrópolis, em 07 de fevereiro de 1997, pela sua esposa Thalita Casadei, professora de História e historiadora, residente em Niterói/RJ. (Blog 100 Personalidades dos 100 anos de Cambuquira)
            

Anuncio em jornal - escravo fugitivo. 1

No Correio Pulistano, Edição 161/ Ano 1855, encontrei anuncio de um escravo fugitivo pertencente a João Possidonio dos Reis.


Fonte: Correio Paulistano, Edição 161/1855