quinta-feira, 27 de junho de 2024

Brasão da cidade da Campanha MG

 



O Brasão da Cidade da Campanha foi instituído pela Lei Municipal nº 462, de 1º de Outubro de 1969, e é assim descrito: brasão Português antigo, redondo, reproduzindo as armas dos Bulhões (brasão de prata com uma cruz vermelha, solta, maçaneta de doze bolotas de ouro com casculhos de verde), sendo a cruz carregada com uma lisonja de ouro e tendo em ponta uma faixa ondulada de verde.

As armas dos Bulhões constituem uma homenagem ao padroeiro do lugar, Santo Antônio, membro da Família Bulhões e relembra o primitivo nome do lugar – Santo Antônio do Vale da Piedade da Campanha do Rio Verde. A cruz desse brasão representa também a inquebrantável fé do povo campanhense. A faixa ondulada representa o rio de onde a cidade tirou por muitos anos seu segundo nome – Campanha do Rio Verde. A lisonja de ouro é uma alusão ao nobre gesto da Câmara Municipal da Campanha, quando, por volta de 1799, tomou a iniciativa de oferecer à Princesa da Beira uma parte de suas rendas, destinada aos “Alfinetes da Princesa”, aí representado por um brasão feminino recoberto de ouro. Esse símbolo que recorda a riqueza aurífera do território campanhense relembra também o terceiro nome do lugar – Campanha da Princesa. 

Como ornamentos externos, a coroa mural de ouro, símbolo da autonomia municipal, com cinco torres visíveis para relembrar que a Cidade da Campanha é a mais antiga comarca do Sul de Minas. Como suportes, as bandeiras do Brasil Colônia, Brasil Reino, Brasil Império e Brasil República, mostrando que o Município tem sido fiel ao Brasil desde os tempos coloniais até nossos dias. No listel vermelho, com letras de ouro, o lema simplificado: “ Auro... Filiorum... Effulsit...” e que foi sugerido por ocasião do Bicentenário de Campanha, pelo Ministro do Tribunal de Contas da União – o campanhense Alfredo Valladão: “Auro soli, cultu, civilibusque filiorum virtutibus effulsit”, que significa “Brilhou pelo ouro do solo, pela fé, pela cultura e pelas virtudes civis de seus filhos”. 

Hoje o Brasão também é parte integrante da Bandeira do Município da Campanha.

Fonte: Monografia Histórica da Cidade da Campanha.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Evangelistas e o nascimento do Menino Jesus.

 Há algumas décadas, participei de algumas palestras, "cursos", ministrados por padres e alguns leigos, que eram comuns na paróquia. O detalhe é que os formadores eram todos progressistas, simpatizantes da Teologia da Libertação, do Modernismo.

Ouvia muitas besteiras. Uma delas foi a de que o Menino Jesus nasceu numa casa, pois é citado no Evangelho de Mateus. E que o presépio é totalmente errado porque tem cavalo, vaca, palha, manjedoura, estrebaria. Valei-me, São Francisco!

Vejamos o que diz os 4 Evangelhos sobre o nascimento do Menino Deus:

Mateus: 

  • Os Magos chegam à casa onde está o Menino Jesus;
Não diz se foi no dia do nascimento. Certamente anos depois. Mesmo porque não fala em estrebaria, ou gruta (que não são citadas nos evangelhos, porém nos contadas pela Tradição), fala em "casa".

Marcos: 

  • Não faz nenhuma referência ao nascimento do Salvador.
Lucas:

  • Mais detalhista dos evangelistas. Diz que não havia lugar para a grávida Maria e José na hospedaria. A criança nasceu e foi colocada numa manjedoura (deste detalhe pode ter nascida a tradição do nascimento ter acontecido numa estrebaria).
  • Não menciona os Reis Magos. (O que fortifica a interpretação de que quando visitaram o pequeno Jesus, foi algum tempo após - talvez anos - seu nascimento, já numa casa, como foi escrito por São Mateus).
João: 

  • Não detalha o nascimento do Menino Jesus. Fala sobre o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. 
Após a leitura comparada dos quatro evangelhos sobre o tema, penso que o padre estava equivocado em sua interpretação. Infelizmente os incautos, principalmente aqueles que creem em tudo que é dito por alguém do clero, ou religioso, sem a prudência de buscar na Tradição e no Magistério, uma confirmação do que ouviu, principalmente sobre assuntos polêmicos referentes à nossa fé, acabam por acreditar e propagar essas "novidades".