Há pouco tempo participava de um fórum de cultura do Sul de Minas. Lembro de ter postado algo sobre a música pós anos 80. Afirmei que nada de novo ou de bom havia sido criado após estes anos. Enganei-me redondamente. Ontem assisti por acaso o tal do Festival de Música SWU. Encantei-me com duas artistas de primeira grandeza: Joss Stone e Regina Spektor.
A russa Regina Spektor |
A britânica Joss Stone |
Acostumado com o lixo musical produzido em nosso país a longos anos, estava totalmente desestimulado de saber o que acontecia lá fora. Enquanto no Brasil somos obrigados a conviver com a "arte" apelativa (visual e musical), confesso que fiquei deslumbrado com as gringas. Enquanto as Ivetes e Mercurys da vida usam e abusam dos seios fartos, coxas grossas e calcinhas à mostra para disfarçar/maquiar suas vozes grotestas e letras rídiculas e débeis; Joss e Regina cativaram com belíssimas vozes e música de primeira qualidade.
Joss é encantadora. Bonita, feminina, meiga, doce e talentosa. Usou de seu charme "adolescente" para emoldurar sua performance impecável. Descalça, com um longo "escondendo" suas curvas, uma bela e longa cabeleira cor de mel estava magnífica no palco hipnotizando seus fãs com sua voz rouca. Fez-me lembrar Jonis Joplin, a branquela com voz negra. Sua banda também é fantástica. Arrepiante um duelo que travou com seu saxofonista.
Já a russa Regina Spektor fascinou-me com sua banda mais "clássica". Excelente voz. Excelente pianista. E o que sempre me agradou: violino na música contemporânea.
Consegui baixar algumas músicas de Regina e ouvi bastante hoje. Putz, a menina é muito boa.
Aí confirmei que nossa música brasileira está deixando muito mesmo a desejar. E nem vem com essa de que é nossa cultura. Não precisaram apelar para a sensualidade para fazer valer seu talento. Esbanjaram qualidade e competência. É, a música ainda tem esperança.
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