Joathas Soares Bello, Doutor em Filosofia pela Universidad de Navarra. |
Os cientistas contemporâneos, por mais geniais que sejam no seu âmbito (quântica, astrofísica, genética etc.), geralmente não têm qualquer acuidade metafísica ou teológica.
E querem extrair visões metafísicas (entender a totalidade do mundo) a partir de um tipo de conhecimento que, no início (séc. XVII), fez deliberadamente um recorte na realidade, prescindindo intencionalmente das explicações metafísicas e teológicas.
Aí, quando um físico quântico diz que "não existe realidade" após um século de exaustivo e minucioso conhecimento da estrutura material do cosmos, ele está simplesmente confirmando aquilo que qualquer aprendiz de Aristóteles sabe sem todo esse esforço: a matéria, deixada a si mesma, sem consideração das formas metafísicas "irreais" (sic) aparece ao cientista estudioso como aquilo que ela "é": um "nada" relativo, cuja inteligibilidade matemática é o reflexo da presença ignorada das formas metafísicas.
Deixado a si mesmo, o reflexo se torna "sombra", e o cientista quântico não tem como não aderir, mais ou menos conscientemente, às metafísicas panenteístas orientais, que desembocam no nihilismo a respeito do cosmos sensível. Aí o filósofo ocidental besta, anticristão e subserviente a tudo que nega a Fé e o realismo metafisico, repete estupidamente que "a ciência prova a metafisica oriental, blablaba".
Entretanto, essas conclusões não são frutos de um "encontro" ou de um "achado", mas apenas um sintoma da desorientação intelectual da ciência contemporânea, que só pode impressionar a quem ignora ou esqueceu -movido pelas maravilhas da tecnologia- o básico do básico da filosofia e da teologia clássicas.
Prof. Joathas Bello
Fonte: Facebook
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