Sai do serviço às 13h e fui ao Banco Santander. Um simples depósito na poupança de um dos filhos. Peguei a senha. Assentei para esperar minha vez. Faminto, pois ainda não havia almoçado. Por sorte levei um texto do Clóvis de Barros. Bom, aproveito para adiantar a leitura. Não consegui ler o primeiro parágrafo. Um maldito apito intermitente gritava de 10 em 10 segundos. Não consegui descobrir de onde vinha. Como concentrar-se na leitura com este som infernal no ouvido? Parecia o som daqueles aparelhos em hospitais que vemos nos filmes.
A fome aumenta. A leitura caminha a passos curtíssimos. O tempo parece que está paralisado. Pessoas com preferência continuam chegando. Umas realmente precisam, outras nem tanto. Leis estranhas num país estranho. Olho para uma placa na minha frente: "Proibido o uso de celular dentro da agência." Outra diz que não posso fumar.
Existe (só no papel) uma lei municipal que regula o tempo de espera do cliente bancário em 15 ou 20 minutos no máximo. Nunca foi respeitada. Em nenhum banco privado ou estatal. Gostaria de saber o que aconteceria se eu tivesse acendido um cigarro ou usado o celular para acessar a internet para passar o tempo. O que aconteceria comigo? Provavelmente seria convidado a me retirar ou algo pior.
Os bancários são gentis, educados e bastante prestativos. Penso que a culpa não é deles. Talvez seja o uso de máquinas obsoletas e falta de pessoal. Bancos lucram milhões, mas não investem em tecnologia e empregados para adaptar à lei. Muito menos dariam a mínima para leis municipais. Mesmo porque, aqueles que deveriam fazer esta (e outras leis) funcionarem não tem coragem e peito para tanto.
Enfim, depois de 1 hora de espera consegui fazer o tal depósito. Sai do banco. Acendi um cigarro e caminhei até meu lar. Naturalmente. Como se nada tivesse acontecido.
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