Estou lendo "Compreender a Igreja hoje - Vocação para a comunhão" do então Cardeal Ratzinger, hoje reinando gloriosamente Papa Bento XVI. Já era seu fã quando prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, antigo Tribunal da Santa Inquisição.
A cada dia fico mais fascinado com seus escritos. Considero-o o maior teólogo vivo. Tem gente que baba pelas imbecilidades de Leonardo Boff e o considera teólogo. Fazer o que, né?
Ratzinger com seus 82 anos é de uma lucidez invejável. Basta ler seus textos. De uma profundidade espantosa. Mas o que mais me impressiona é que em nosso país, os idosos são totalmente excluídos. Aliás, quem tem mais de 35 anos já é considerado "velho". Alguém disse: velho é aquilo que não serve para mais nada. Idoso é aquele que tem sempre algo para contribuir, para oferecer.
Lembro-me que quando era um adolescente, adorava sentar-me na esquina da Barão de Parima com a Villa Boas da Gama, ali pelas 5 da tarde com um bando de idosos: meu avô o Miguelzinho sapateiro, o Abelardo relojoeiro, o Zé Marimbondo, o Paulo Villamarim, entre outros. Cara, como era bom. Como aprendia com eles. Quanta prosa boa. Quanta "aula" de história. Quanta experiência de vida.
A juventude de hoje, que menospresa os idosos, é prosa ruim. Quanta abobrinha, quanto tempo perdido. Ah, se "perdessem" seu tempo ouvindo seus avós perceberiam que riqueza eles escondem atrás das rugas e cabelos brancos.
Sinceramente, não sei o que será de nosso futuro. Futuro desta geração que vilipendia a sabedoria dos mais velhos.
Concordo plenamente! Tanto que prefiro conversar com pessoas de idade do que com meus colegas de curso, pois assim aprendo mais e não ouço tantas besteiras "jovialmente corretas". Muito bom, Giovani.
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