quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Digníssimo ou Diviníssimo? Hoje é dia de adoração.

Hoje é quinta-feira, dia de adoração ao Santíssimo Sacramento. Minha devoção à Eucaristia nasceu na minha época de RCC. Lá nos idos de 1993. Lembro-me que naquela época aprendi a responder ao Graças e Louvores sejam dados a todo momento, com a frase: "Ao Santíssimo e DIGNÍSSIMO sacramento". 

Até que certo dia, ouvindo a na época ainda muito boa Rádio Canção Nova, alguém ensinando que a resposta correta era: " ao Santíssimo e DIVINÍSSIMO sacramento". 

Hoje, ouço as pessoas respondendo da primeira forma. E não em pouco número.

Na verdade a forma "digníssimo" era uma forma de tratamento muito usada para designar pessoas que ocupam cargos públicos (deputados, prefeitos, vereadores, governadores, etc.). Ou seja, pobres pecadores como nós. Curiosamente, o Manual de Redação da Presidência da República, aboliu este pronome para autoridades, pois a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo redundante a sua repetição.

Portanto se até entre nós, homens, caiu em desuso tal pronome de tratamento, que dirá para o Nosso Salvador, que é Deus?

A maneira correta é "Graças e Louvores sejam dados a todo momento. Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento". Afinal Jesus eucarístico é ou não é DIVINO? 

Giovani Rodrigues

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Debates

"O único contra-ataque seguro é, portanto, a que já Aristóteles indicava no último capítulo dos Tópicos: não entrar em controvérsia com qualquer um que chegue, mas só com aqueles que conhecemos e dos quais sabemos que têm inteligência suficiente para não propor coisas abusurdas que levem ao ridículo, e que têm suficiente talento para discutir à base de razões e não com bravatas, para escutar e admitir tais fundamentos, e que, enfim, apreciem a verdade, prestem com gosto o ouvido às razões, mesmo quando procedem da boca do adversário, e sejam o bastante equitativos para suportar que não se lhes dê razão, quando a verdade está do outro lado.

 Disto segue-se que, entre cem pessoas, há apenas uma com a qual valha a pena discutir. Aos demais, deixemos que digam o que querem, porque desipere est juris gentium (ser idiota é um dos direitos do homem) (...)

Em todo caso a controvérsia é, com freqüência, útil para os dois lados, como um roçar de cabeças que serve para cada um retificar os próprios pensamentos e também para adquirir novos pontos de vista. Mas os dois contendores devem ser similares em cultura e inteligência. Se um carece da primeira, não capta tudo, não está au niveau. Se carece da segunda, o rancor que este fato produz o instigará à deslealdade, à astúcia, à vilania."

Fonte: "Como vencer um debate sem precisar ter razão - Em 38 estratagemas (Dialética Erística)" - Arthur Schopenhauer (Introdução, Notas e Cometários Olavo de Carvalho). Págs 183/184. Topbooks Editora 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

É tão bom rezar por você.

Olegário N. de Lima (arquivo pessoal)
Eu entendo que posso incentivar a oração, mesmo que eu não a faça como deveria fazer.

Eu entendo que posso falar de Deus aos outros, mesmo que nem sempre eu fale com Ele

Eu entendo que posso incentivar à devoção aos santos, ainda que eu me esqueça dos meus...

Eu entendo que posso falar de doutrina católica, apesar de nem sempre fazer o que ela me obrigue a fazer.

Eu entendo que posso falar horas a fio do valor infinito da Santa Missa, ainda que eu tenha dela me ausentado por inúmeras vezes...

Eu entendo que posso falar da devoção do Rosário, sabendo que não o desfio há dias...

Eu entendo que posso discutir valores e juízos; apesar de não ser um menestrel da moral.

Eu entendo que posso debater ideologias; ainda que tenha abandonado as minhas.

Eu entendo que possa parecer bom aos outros, consciente de quem sabe de mim é Deus!

(E eu não sou bom....)

Eu entendo que posso explicar a todos o martírio dos santos, ainda que eu não os venere mais com piedade...

Eu entendo que posso fazer alguém ser católico, mesmo sabendo que hoje não sou digno dessa graça...

E isso não me soa hipocrisia.

Porque eu entendo que não sou o centro das coisas a serem medidas...

Ainda que eu não faça o que seja certo, eu me felicito quando posso ajudar alguém a fazê-lo

E isso eu aprendi - porque compreendi - que é tão bom rezar por você
Ainda que eu não reze por mim...

Fonte: Status de Olegário no Facebook