terça-feira, 17 de novembro de 2009

Interesse Social



Tramita na Câmara Municipal, um projeto de lei que visa conceder transporte como forma de fomento à geração de emprego. Trocando em miúdos, o Executivo pretende conceder transporte a trabalhadores campanhenses funcionários de uma empresa em Monsenhor Paulo. Ótimo, afinal é uma maneira de indiretamente contribuir com a diminuição da taxa de desemprego.

Sabemos que quem deve arcar com o transporte (ou vale transporte) é a empresa empregadora. Mas viu aí, o Executivo, um jeito de ajudar os trabalhadores e ainda gerar novos empregos (compromete-se a empresa a criar 40 vagas em 180 dias a partir da publicação da lei).

Isto posto, podemos falar da Educação. Todos nós sabemos sobre o estado lastimável da Educação  pública em nosso país. Campanha não fica fora das estatísticas. Nosso município conta com algumas escolas particulares e uma cooperativa de ensino. Todas elas lutam com dificuldade para manter seu objetivo de instruir os filhos daqueles que querem um ensino diferenciado.

Querendo ou não a cooperativa e as escolas particulares, dão uma contribuição gigantesca à Educação em nosso município. Particularmente a Coopercamp (sobre esta posso falar afinal tenho tres filhos lá e fui o último presidente.), contribui com a geração de no mínimo 30 empregos. Paga seus funcionários em dia. Dá aumento aos professores anualmente. Tem um ensino (declarado por uma alta servidora da SRE!) como um dos melhores, do Sul de Minas. Infelizmente ainda não conta com sede própria. Tem o terreno, mas não sobra verba para iniciar a obra. O aluguel pago é algo dadaísta. Mas pela falta de alternativa é um "mal" necessário.

Considerando tudo isso, refletimos: por que o Executivo não ajuda nossas escolas particulares e  a cooperativa? Porque são "burgueses"? Ledo engano. Ao menos os cooperados da Coopercamp são em sua esmagadora maioria, pais e mães trabalhadores, funcionários públicos, operários, etc. Homens e mulheres que batalham para dar o melhor para seus filhos.  Quem tem grana mesmo, manda seus filhos estudarem no Marista em Varginha, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro. Será que é tão difícil assim, entender que a Coopercamp e as escolas particulares da Campanha prestam um serviço de extrema importância para a Educação campanhense? Elas estão ajudando a Educação. Talvez onde falham as públicas (que recebem verbas, tecnologias, livros, professores e servidores, etc), entram as privadas efetivamente educando.

Não peço aqui dinheiro para as escolas, mas pelo menos incentivos fiscais, como isentar de IPTU. Conseguir junto ao Governo Federal livros para as bibliotecas escolares e computadores. E por que não ajudar as escolas  a pagarem o vale transporte dos professores que veem de cidades vizinhas? Se pode beneficiar uma empresa de Monsenhor Paulo, não há nada de imoral ou ilegal em também incentivar nossas instituições que herculeamente sobrevivem numa economia tão precária como a campanhense.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009



Domingo fomos à Santa Missa as 10 horas. Confesso que fui com um pouco de receio. Este horário é tradicionalmente de Missa com crianças. Tinha prometido a mim mesmo que não iria mais neste horário, desde o Dia das Crianças. Neste triste dia, entrei na Catedral e a encontrei entupida de balões e pirulitos coloridos gigantes a ornamentarem até o presbitério. Deixei a Helen e os garotos (acolitaram a missa) e retirei-me da igreja. Voltei à noite. Impossível assistir a uma missa com este tipo de "liturgia" sem irritar-se ao extremo. Desde então não mais fomos à missa com crianças.

Ontem resolvemos ir neste horário, afinal os garotos iriam acolitar e à noite teríamos outro compromisso. E não é que surpreendi-me? A missa foi "simples". Sem o bendito teatrinho na hora da homilia. A Palavra foi proclamada pelo Sacerdote, sem aquele jogo crianças-padre-"animador". Só o Sacerdote, in persona Christi, a proclamar o Evangelho. Nada de musequetas trideistas. Até as crianças ficaram mais calmas. Nenhuma delas tentou derrubar o confissionário. Todos prestando atenção no rito e nas palavras do Padre. O que comprova que esta bagunça e liberdade modernista que pretende "chamar" as crianças para a igreja não cola. Ao contrário, dispersa ainda mais a garotada. É necessária a disciplina.É necessária a piedade ser cultivada desde pequeninos.

Saí da Catedral transbordando felicidade. Algo tão simples, mas que alegrou-me sobremaneira.

Outro ponto de extrema importancia que vem sendo trabalhado nestes dias em nossa Paróquia é a conscientização sobre o Dízimo. Infelizmente ouço com frequencia de "católicos" praticantes, que não pagam o dízimo porque o Vaticano é riquíssimo. Porque os padres não precisam de dinheiro, ao contrário deveriam doar os bens da igreja para os pobres e outros tipos de aberrações.

Será que estes "católicos" tem noção do tamanho do Vaticano? Será que eles sabem que esta cidade-estado é menor que Campanha? Será que sabem que o grande tesouro vaticano são obras de arte que na realidade são patrimônio da humanidade? Será que já imaginaram que mesmo que todas as obras de arte e edifícios do Vaticano fossem vendidos, o montante arrecadado não faria nem cosquinha na pobreza do mundo?

Mas tenho certeza que gostam de ir a igreja e encontrar o jornalzinho da missa (mesmo porque se não acompanharem o escrito, perdem-se.). Este custa dinheiro. Gostam de ver os bancos e chão da Catedral limpos. E isto custa dinheiro. Gostam de receber o Senhor Sacramentado. Isto também custa dinheiro. Gostam de ver a Catedral iluminada e ouvir pelo sistema de som, o que o padre está pronunciando. Também tem um preço.

O católico paga a conta de água, a conta de luz, o açougue, a cangibrina, o clube,  a escola, a faculdade, os impostos... mas para a Igreja não pode. E existe algo mais importante na vida de um católico do que a Igreja? Como podemos viver sem a Eucaristia? Será que é tão difícil assim entender isto?

A maneira que a Pastoral do Dízimo vem trabalhando juntamente com nossos padres para conscientizar o católico é algo maravilhoso. Dá até vontade de aumentar a contribuição. E já vi milagres acontecendo. Até alguém que há pouco era comunista e anticlerical já fez sua inscrição como dizimista. Glória a Deus por isto.


Água nojenta da Copasa





Água feia. A Copasa entrou na Campanha, esburacou as ruas. Fechou os buracos, mas deixou todos os paralelepipedos desnivelados. A água não tem diferença nenhuma daquela que era oferecida pela Prefeitura. A da Prefeitura tinha um preço acessível. A da Copasa tem preço de ouro, mas é horrível.

Tínhamos uma excelente água no Chafariz da Rua das Almas, mas deram um jeitinho de acabar com ela. Hoje temos a do CEC, mas já tentaram fechá-la. Se ao menos tivéssemos uma água de primeiro mundo, tipo EUA, onde bebe-se direto da torneira, a história seria outra. Aí poderiam meter a unha no preço. Agora o que fazem é uma covardia. E o pior é que somos todos reféns. Não temos a quem recorrer. Não temos a quem reclamar.


Água marrom da Copasa



Hoje ao abrir a torneira para lavar as mãos, fiquei surpreso. Quanto mais lavava, mas suja saía a água. Demorei para perceber que na real era a água e não minhas mãos que estavam imundas.

Vejam no vídeo acima a cor da água cristalina da Copasa. E o pior é que temos de pagar por esta lama. Não interessa se é um dia ou outro que ela vem nojenta. Então porque não descontam os dias de manutenção. Mas quem somos nós para bater de frente com a poderosa estatal? Temos de pagar sem chiar. Este é nosso Brasil. Esta é nossa Minas. Esta é nossa Campanha..