sexta-feira, 9 de outubro de 2009



        Li o artigo do Zé Francisco no site Campanhanet em que expõe sua euforia e emoção até às lágrimas com a escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016.
        Também sinto, como ele, um enorme orgulho de ser brasileiro. Porém, vamos devagar com a euforia. Temos de tomar cuidado para não deixar o sentimentalismo esportivo eclipsar a verdadeira face de nosso país. Não é verdade que o Brasil está melhorando. Longe disso, podemos ver uma gritante violência assolando nossas cidades, desde as grandes metrópoles até as menores aldeias indígenas (lembremo-nos do infanticídio indígena “apoiado” pela Funai e por determinado setor marxista da CNBB – mas isto é assunto para outra reflexão). As rodovias não estão recebendo manutenção de primeira, o que observamos são operações tapa-buracos com fins eleitoreiros (tanto estaduais, como federais). A fome e a miséria ainda são uma realidade, principalmente no norte e nordeste. A Educação é praticamente nula. A Saúde um caos.
        Para erradicar a droga é preciso muito mais que uma Olimpíada. Esportes podem até minimizar a busca pela droga, mas não a elimina. Há casos de grandes atletas que usaram e usam drogas. O fenômeno americano Michael Phelps não gosta de um baseadinho?

        Zé Francisco, você acredita em coelhinho da páscoa? Acredita de verdade que o pré-sal vai resolver os problemas sociais de nosso amado Brasil? Meu amigo corinthiano, acorda! O Zé-povinho não vai receber nem migalhas de tal projeto. Como também não vai entrar nos estádios para assistir aos jogos do Mundial de Futebol e muito menos aos jogos olímpicos. Só vai quem tem dinheiro para pagar ingresso. E te garanto que não serão a preços populares.

        Irei às lágrimas quando Lula vencer o Obama de outra forma: brasileiros apoiados pela nação receberem o Nobel de Física, de Química ou de Medicina. Acho que quem riu por último riu bem melhor. Afinal os Estados Unidos agregam em suas terras, além das “pratas da casa”, gênios cientistas de outras nações que se lixam para a tecnologia e desenvolvimento. Enfim, dê pão e circo ao povo e o sentimentalismo abafa a realidade.
        Obs: Zé, usei o meu blog para discordar de seu artigo, pois o Campanhenet não dá esta abertura aos leitores. É um bom site, mas peca como o da Câmara e o da Diocese por não ser interativo. Não entendo o porquê, afinal qualquer site ou blog, abre espaço para intensa interatividade com o leitor através de comentários que podem ser publicados diretamente ou após uma moderação. 


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