segunda-feira, 16 de novembro de 2009



Domingo fomos à Santa Missa as 10 horas. Confesso que fui com um pouco de receio. Este horário é tradicionalmente de Missa com crianças. Tinha prometido a mim mesmo que não iria mais neste horário, desde o Dia das Crianças. Neste triste dia, entrei na Catedral e a encontrei entupida de balões e pirulitos coloridos gigantes a ornamentarem até o presbitério. Deixei a Helen e os garotos (acolitaram a missa) e retirei-me da igreja. Voltei à noite. Impossível assistir a uma missa com este tipo de "liturgia" sem irritar-se ao extremo. Desde então não mais fomos à missa com crianças.

Ontem resolvemos ir neste horário, afinal os garotos iriam acolitar e à noite teríamos outro compromisso. E não é que surpreendi-me? A missa foi "simples". Sem o bendito teatrinho na hora da homilia. A Palavra foi proclamada pelo Sacerdote, sem aquele jogo crianças-padre-"animador". Só o Sacerdote, in persona Christi, a proclamar o Evangelho. Nada de musequetas trideistas. Até as crianças ficaram mais calmas. Nenhuma delas tentou derrubar o confissionário. Todos prestando atenção no rito e nas palavras do Padre. O que comprova que esta bagunça e liberdade modernista que pretende "chamar" as crianças para a igreja não cola. Ao contrário, dispersa ainda mais a garotada. É necessária a disciplina.É necessária a piedade ser cultivada desde pequeninos.

Saí da Catedral transbordando felicidade. Algo tão simples, mas que alegrou-me sobremaneira.

Outro ponto de extrema importancia que vem sendo trabalhado nestes dias em nossa Paróquia é a conscientização sobre o Dízimo. Infelizmente ouço com frequencia de "católicos" praticantes, que não pagam o dízimo porque o Vaticano é riquíssimo. Porque os padres não precisam de dinheiro, ao contrário deveriam doar os bens da igreja para os pobres e outros tipos de aberrações.

Será que estes "católicos" tem noção do tamanho do Vaticano? Será que eles sabem que esta cidade-estado é menor que Campanha? Será que sabem que o grande tesouro vaticano são obras de arte que na realidade são patrimônio da humanidade? Será que já imaginaram que mesmo que todas as obras de arte e edifícios do Vaticano fossem vendidos, o montante arrecadado não faria nem cosquinha na pobreza do mundo?

Mas tenho certeza que gostam de ir a igreja e encontrar o jornalzinho da missa (mesmo porque se não acompanharem o escrito, perdem-se.). Este custa dinheiro. Gostam de ver os bancos e chão da Catedral limpos. E isto custa dinheiro. Gostam de receber o Senhor Sacramentado. Isto também custa dinheiro. Gostam de ver a Catedral iluminada e ouvir pelo sistema de som, o que o padre está pronunciando. Também tem um preço.

O católico paga a conta de água, a conta de luz, o açougue, a cangibrina, o clube,  a escola, a faculdade, os impostos... mas para a Igreja não pode. E existe algo mais importante na vida de um católico do que a Igreja? Como podemos viver sem a Eucaristia? Será que é tão difícil assim entender isto?

A maneira que a Pastoral do Dízimo vem trabalhando juntamente com nossos padres para conscientizar o católico é algo maravilhoso. Dá até vontade de aumentar a contribuição. E já vi milagres acontecendo. Até alguém que há pouco era comunista e anticlerical já fez sua inscrição como dizimista. Glória a Deus por isto.


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