D. Aloísio Roque Opperman, arcebispo de Uberaba e ex-bispo da Campanha, por quem tenho um carinho especial (ainda vou escrever sobre o motivo), também manifestou seu repúdio ao ditatorial PNDH-3 do Governo petista:
________________________
Seria sumamente estranho encontrar o amador ocupando o lugar do profissional. Causaria espécie ver o enfermeiro realizar operações, deixando o médico de lado, medindo a pressão do paciente. Da mesma forma, seria meter as mãos pelos pés achar normal o sacristão celebrar Missa e o padre bater campainha. Assim como entraria na anormalidade permitir que um curioso tenha preferência ao farmacêutico para manipular remédios de alta especialização e risco. Pois é essa a impressão que me dá a redação do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). A ousadia dos idealizadores é de quem está seguro da vitória para transformar o Decreto em Lei.
Embora haja anêmicos protestos dos atingidos pelos equívocos... Fizeram uso do chefe, que está surfando triunfal, em cima da popularidade, e gozando de uma sorte inaudita, quase mágica. Por intuição ele sabe de que trata essa polêmica. Manipulam suas forças para fazer cair, inermes, as atabalhoadas resistências. Recuos – se houver – só na aparência. No grupo se encontram vários próceres inconvenientes, que a Revolução, com aplausos gerais, tirou de cena. Agora são os teóricos da nação.
Certamente não foi acaso o fato de o decreto ter sido assinado em vésperas de Natal, quando todos estão pensando em festas, presentes, alegria das crianças, em férias. Também não foi estupidez das raposas políticas começar tudo por um Decreto, em vez de chamar à discussão o Congresso Nacional. Ficou evidente que essa nação, nele descrita, não quer ficar atrás da Venezuela, de Cuba, da Espanha, em “modernização” de suas estruturas. A confusão foi perfeita ao apresentar como “direitos humanos” (a favor dos quais todos somos), ideias aceitáveis, misturadas com outras muito estranhas.
A apresentação eleitoral, com imenso poder de marketing, de que a forma de governar do grupo seria mansa e tradicional, até conservadora, manifesta-se ilusória. Se queremos, eventualmente, um socialismo moderno, não o queremos revanchista, ateu, totalitário como esse que está embutido nas entrelinhas. Aqui se visa repetir os erros de um socialismo fracassado, serôdio e requentado, o pior que já vimos no planeta. Minha experiência de vida cidadã e minhas convicções cristãs exigem que eu seja sincero e aponte o enorme terremoto destruidor que está se aproximando. “Que haja paz em teus muros, ó Jerusalém” (Sl 122, 6).
Dom Aloísio Roque Oppermann scj
domroqueopp@terra.com.br
Fonte: Canção Nova
CARTA ENVIADA A SUA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA DOM ALOÍSIO ROQUE OPPERMANN, POR ANDRÉ LUIZ FERREIRA - CAMPANHA MG
ResponderExcluirSua Excelência Rev. Dom Aloísio Roque Oppermann, scj
Estaria eu sendo um covarde se, diante de tantas pessoas que se tornam anêmicas perante um PNDH3 Petista, não o agradecesse por tão oportuno Texto, como o "Gentios no Planalto", conforme publicado pela Canção Nova e repaginado no Blog O Campanhense, de autoria de mais um fã de seus textos e vida.
Tenho um orgulho santo ( se é que se pode existir tal substantivo) por existirem bispos como V. Exa Rev.
Ainda me lembro de suas voltas pelas ruas de Campanha MG.
Lembro-me ainda das cerimônias pomposas que presidia na Catedral, com especial rito solene da Benção dos Óleos.
Lembro-me que chorei atordoado quando fui em sua última missa na Catedral. Parecia-me que alguém muito próximo, de dentro de casa, estava me sendo arrancado, para nunca mais voltar.
A saudade, mas não só ela, a fé - que é lutar pela vida - nos torna mais uma vez unidos.
Fiquei impressionado de ler esse e tantos outros artigos de uma genialidade fora do comum. Claro, textos inspirados por aquele que um dia V. Exa. Rev permitiu seguir.
Seguir para nunca mais voltar.
"O Barco está em alto mar..."
Obrigado por existir.
Peço sua Benção.
Seu servo em Cristo,
Jornalista André Luiz Ferreira - 30 anos.