segunda-feira, 27 de abril de 2009

Abusos litúrgicos - I

Na homilia deste domingo, Pe. Bruno falou sobre a grandiosidade do rito da Santa Missa. Infelizmente em nosso país, abusos liturgicos são observados com frequencia. Inclusive em nossa paróquia. Sinto necessidade de falar sobre o Santo Culto, o Sacrifício da Cruz. 

Dizia Santo Tomás de Aquino: "Tanto vale a Santa Missa quanto a morte de Jesus".

Pretendo comentar aos poucos aqueles mais "usuais". Não sou um expert em Liturgia, mas aprendi alguma coisa com amigos católicos através da internet. Se a Introdução Geral sobre o Missal Romano - IGMR (que é encontrada no início do Missal) fosse levada a sério, estes 
abusos seriam banidos de nossas igrejas. 

Outro documento muito importante para bem celebrar a Santa Missa é a Instrução Redempitionis Sacramentum da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Penso nem ser necessário sair de Campanha e fazer cursos e mais cursos para fazer da Sagrada Liturgia um verdadeiro
 "oba-oba". Poderia  a nossa Pastoral Liturgíca, simplesmente estudar estes dois documentos e fazerem a coisa certa. Como manda a Santa Igreja.  O católico deve ser fiel à Igreja e seu Magistério. Procurar fazer aquilo que é agradável a Deus e não querer adaptar o culto às suas vontades.

Não entendo como pode, uma editora católica, publicar folhetos litúrgicos, totalmente desobedientes aos documentos da Santa Sé. Este folheto que usamos na Missa com Crianças é um verdadeiro lixo. Chega ao cúmulo de divivir a Proclamação do Evangelho entre "animador", sacerdote e crianças. Leigo algum tem este privilégio. Não pode haver Evangelho dialogado. (A não ser no Domingo de Ramos e na Sexta-Feira da Paixão). Isto não está previsto no Missal. 

Quem deve proclamar o Evangelho é um ministro unido sacramentalmente pela Ordem à Jesus. O padre ou diácono, que são ordenados, é quem servem naquele momento para que o próprio Cristo fale através deles.

“As leituras das passagens do Evangelho estão reservadas para o ministro
ordenado, nomeadamente o diácono ou o sacerdote.” (Sagrada Congregação para o
Culto Divino e
 a Disciplina dos Sacramentos. Instrução Inestimabile Donum, 2)

Outro abuso é logo no início da Missa: todos os fíeis fazem o sinal da cruz, mas a fórmula só deve ser dita pelo Sacerdote. Para ficar mais claro: o padre é quem está se apresentando perante o altar sagrado de Deus. Portanto ele diz a fórmula e nós, fiéis, dizemos o "amém" para expressar nossa adesão ao que o padre está propondo.

A fórmula não deve ser mudada nem substituida por outra que não a tradicional. Temos visto o sinal da cruz ser cantado por uma musica que na realidade é uma heresia. Nesta música, muito popular no meio carismático (leia-se RCC) é na realidade uma proclamação trideista, (três deuses)pois diz: "Em nome do pai. Em nome do filho. Em nome do espírito santo...". Sendo que nós cremos num Deus trino  e único: Pai, Filho e Espírito Santo. A fórmula é: "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Da maneira que é cantado, há a separação em três entes distintos. O que não é verdade.

Deixo para outro dia, mais comentários.


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