terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Professor Carlos Ramalhete sobre a critica às autoridades católicas.

RÁPIDO COMENTÁRIO:

O Papa (ou o Bispo da sua diocese, ou o seu pároco - qqr autoridade religiosa) é um ser humano capaz de errar. Se ele erra e temos como falar com ele pessoalmente (algo mais simples com o pároco que com o Papa, convenhamos), podemos e devemos fazer uma correção fraterna educada & gentil. Jamais falar mal dele para outros.

O erro que um padre, Bispo ou Papa comete pode e deve tbm ser combatido, mas evitando ao máximo, devido ao risco de escândalo, combater a pessoa que emitiu o erro ou, muito menos, o seu cargo. Assim, se por acaso uma autoridade religiosa dissesse, sei lá, que há quatro deuses em oito pessoas, poderíamos & deveríamos escrever textos, gravar vídeos, etc., explicando a verdade da doutrina trinitária e o erro da falsa doutrina que está sendo ensinada, preferencialmente sem nos referirmos diretamente ao nome da autoridade eclesiástica que a prega, mesmo pq isso é na verdade irrelevante. Temos que combater o erro, não a pessoa.

Além disso, é fundamental que tenhamos sempre a presunção de inocência e de acerto em grau máximo ao tratar do que é dito por autoridades eclesiásticas. Ou seja: se alguma autoridade diz algo que nos parece estranho, devemos partir primeiro do pressuposto de que fomos nós que não entendemos o que ele disse. Buscamos, então, se a questão realmente nos interesse, uma fonte primária em relação ao que ele disse, e examinemos a situação (foi uma resposta a uma pergunta ou uma declaração direta? A quem foi dada? Qual era o assunto em pauta no momento?, etc.). Assim é fácil perceber, por exemplo, que praticamente todos os absurdos atribuídos ao Santo Padre Francisco (ao menos todos os que tive a pachorra de pesquisar, sem exceção, pq em geral eu leio  a manchete e penso apenas "ih, mais um jornalista viajando") são declarações perfeitamente sãs & ortodoxas, porém mal-interpretadas, tiradas do contexto, etc. Nunca vi um exemplinho que fosse de algo heterodoxo realmente dito (que dirá ensinado!) pelo Papa Francisco. O mesmo, aliás, vale para a maior parte das supostas besteiras que acusam autoridades eclesiástica de falar. O Papa é só a vítima maior e mais comum disso.

Há, sim, uns loucos, uns padres realmente heterodoxos, etc., mas os Bispos heréticos vêm diminuindo tremendamente em número desde o tempo de S. JPII. Hoje isso é um triste apanágio de Bispos do norte da Europa, principalmente. Aqui no Brasil já é, graças a Deus, bastante raro ver um Bispo que realmente adira a heresias de maneira contumaz. Entre os padres a situação tbm melhorou muito, ainda que esteja longe de estar perfeita.

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